A importante relação entre pai e filho

Dicas de como criar vínculos com o bebê e se tornar um paizão

O vínculo entre mamãe e bebê é criado desde o primeiro momento em que ela descobre estar grávida. Mas, a relação entre pai e filho, à primeira vista, pode parecer mais desafiadora, uma vez que não há a ligação física entre eles.

De fato, os laços entre papai e bebê são mais tardios, embora a alegria seja evidente nos olhos dele desde a notícia da gravidez. Quando o bebê nasce, em um primeiro momento você pode ficar intimidado e até deslocado diante daquele bebê tão dependente da mãe e ligado a ela. O bebê, nos primeiros meses, dorme muito e é dependente da amamentação. Como fazer para não ser apenas um espectador da relação mãe e filho? Existem pais que demoram meses para se conectar completamente com seu filho. 

Mas, é indispensável, para você e para o seu filho, criar laços emocionais desde cedo, mesmo que no início a vida dele se resuma a mamar e dormir! 

No convívio diário, existem mil maneiras de você ser um pai participativo. Pensando nisso, separamos uma história emocionante de um pai que passou por esse processo e dá dicas de como superá-lo. Continue lendo e mergulhe nesses ensinamentos.

O primeiro contato paterno com o bebê

Por vezes, durante os primeiros dias após o nascimento da minha primeira filha, eu me pegava olhando para ela, como que em transe, maravilhado com cada coisinha que ela fazia. Claro, demoraria um bom tempo antes de ela realmente fazer algo verdadeiramente notável, mas, de alguma forma, eu achava tudo milagroso, do cheiro de seu cabelo e suas mãos delicadas, as respirações suaves quando ela estava acordada e o olhar de pura paz quando ela dormia.

Eu me sentia encantando por sua beleza, porém boa parte do tempo ela passava mamando nos braços da sua mãe. Leia mais sobre amamentação

A construção da paternidade

Depois de alguns dias disso, fui tirado do meu devaneio por um súbito coque de realidade: havia muito mais em ser um pai do que apenas olhar para a minha bebê. Se eu realmente queria construir o tipo de relacionamento com ela que eu havia sonhado, eu teria de ir lá e sujar as mãos (metaforicamente, é claro). O problema era que, sem nunca ter passado muito tempo em torno de bebês, eu não tinha absolutamente ideia alguma do que fazer. Não sou do tipo que pede ajuda (eu sei, eu sei, é uma coisa de homem), havia realmente apenas uma maneira de aprender o que eu precisava. Então, eu fechei os olhos, respirei fundo e mandei ver.

Dentro de minutos, eu tive uma epifania importante: já que minha filha não sabia tanto quanto eu, ela foi incrivelmente boazinha. Ao longo das primeiras semanas de vida dela, cometi dezenas de erros (nenhum que pusesse sua vida ou saúde em risco, fico feliz em dizer isso). Mas também descobri algumas maneiras simples de interagir com ela que ela realmente parecia curtir.

Interagindo com o bebê

A primeira descoberta foi que ela adorava quando eu segurava ela ou conduzia o método canguru . Ela também gostava quando eu olhava e conversava com ela. No começo eu me senti um pouco bobo sobre a coisa toda. — Ela claramente não tinha ideia do que eu estava dizendo, –mas minha voz parece acalmá-la.  A partir daí comecei a criar um vínculo parteno com ela e aprendi algumas lições, os quais são:

A forma de segurar o bebê faz diferença

Como as cabeças dos bebês são relativamente grandes e seus músculos do pescoço não são muito bem desenvolvidos, as cabeças tendem a ficar bastante moles nos primeiros meses. Portanto, é fundamental não se esquecer de apoiar a cabeça do bebê –por trás– em todos os momentos e evitar movimentos repentinos ou bruscos.

A troca de fraldas é um momento de conexão

Outra importante descoberta foi que trocar as fraldas dela era realmente uma ótima maneira para nós dois nos conectarmos. Isso também me deu a oportunidade de acariciar a barriga macia dela, fazer cócegas em seus joelhos e beijar seus dedinhos.

Tempo de qualidade é muito importante

Como um monte de papais de primeira viagem, eu não sabia muito sobre o desenvolvimento da criança. E eu fiquei, francamente, um pouco decepcionado quando descobri que demoraria muito, muito tempo antes de minha filha poder jogar bola comigo. Mas eu aprendi bastante cedo que havia outras maneiras de brincar com ela. Eu lia histórias, brincava de "achou", fazia caretas e até mesmo rolava delicadamente no chão com ela. Quanto mais encorajador eu era,— fosse verbalmente ou com sorrisos e risos, —mais ela gostava. Mas sua atenção era mais curta do que eu pensava (ou esperava) que seria. Cinco minutos mais ou menos era o seu limite. Depois disso, ela começava a chorar ou ficar agitada, ou simplesmente olhava para mim como se estivesse entediadíssima.

Pensando em tudo isso depois de alguns anos, foi definitivamente um pouco assustador, –e não há falta de "eu deveria, poderia ou teria feito… ". Eu sei que o que a minha filha e eu fizemos juntos quando ela era um bebê fez uma enorme diferença no meu relacionamento com ela. 

Dicas para melhorar o vínculo com o bebê

Durante a gravidez

O elo entre mãe e filho começa já na gravidez. Mas você também pode participar desse momento. Acaricie a barriga da sua mulher, a criança vai sentir o toque. Conversar com ele também é importante, pois o pequeno já vai conhecendo a voz do pai.

Dedicação

Acompanhar às consultas médicas desde o pré-natal, pesquisar sobre a vida dos bebês, ler livros e blogs específicos, conversar com amigos e parentes que têm filhos: vale tudo para se inteirar sobre esta nova fase da vida e como ser um paizão. Dedicando tempo para seu filho, você naturalmente vai aprender a reconhecer as necessidades dele e se sentir mais seguro para cuidar do seu bebê.

Participação

Você não tem licença paternidade e logo precisa retomar o trabalho, a gente sabe. Mas é fundamental dedicar parte do seu dia para ficar com a criança. Seja antes de sair de casa, quando retornar do trabalho ou nos fins de semana. Às vezes, basta dar uma voltinha pelo bairro com o seu bebê, contar uma história ou cantar. Fazê-lo rir! Vale jogar videogame com ele no colo também. Gestos aparentemente simples são poderosos para fortalecer a ligação do pai com o seu filho. Não esqueça: você e sua parceira têm maneiras diferentes de interagir com o bebê. As atividades mais físicas – que os homens tendem a preferir – não são menos importantes, aliás, são fundamentais para o desenvolvimento da criança.

Conquiste seu espaço

Um pai participativo é o sonho de toda mulher? Há controvérsias... Entenda que, muitas vezes, as mães tendem a assumir todas as tarefas relativas aos cuidados com o bebê. Mas está ultrapassado o modelo que coloca o pai como coadjuvante. Já faz tempo que as mulheres trabalham fora e os homens tem mais responsabilidades compartilhadas. Portanto, conquiste seu espaço. Ela pode fazer cara feia quando você for trocar a fralda, dar banho ou colocar seu filho para dormir. Se ela te criticar, não seja rude. Aguente firme e mostre para sua parceira que está tudo sob controle, principalmente naquele dia em que ela estiver especialmente cansada.

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Fontes

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